Mostrando postagens com marcador Afrobeat. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Afrobeat. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

AFRO JAZZ - AFROCULT FOUNDATION - Black Goddess [A Deusa Negra] - 1978


Artista / Banda: Afrocult Foundation
Álbum: Black Goddess [A Deusa Negra]
Ano: 1978
Gênero: Afro Jazz
País: Nigéria

Comentário: Aqui temos uma história interessante de uma parceria cultural entre Brasil e Nigéria. Em 1978 o diretor de cinema Ola Balogun, considerado um dos pais do audiovisual no país africano, filmou um longa metragem ambientado em nosso país, com atores e produção brasileira, chamado A Deusa Negra, um clássico um tanto quanto esquecido do nosso cinema negro e que encontra-se nos arquivos da Cinemateca Nacional. 
Como trilha sonora do filme, Ola contou com a composição de seu conterrâneo Remi Kabaka, músico e multi-instrumentista que já havia trabalhado com grandes nomes internacionais como Ginger Banks e que possui algumas obras solo. Remi montou uma banda de estúdio, Afrocult Foundation, que até onde se sabe não chegou a se apresentar ao vivo e se uniu apenas para gravar este disco na capital Lagos, contando com Joni Haastrup, outro nome conhecido do cenário local por seu LP solo do mesmo ano.
O álbum teve lançamento na Nigéria pela Afrodisia com nome Black Goddess e no Brasil pela London com tradução A Deusa Negra: Trilha Sonora Original do Filme (e bela capa desenhada por Abdias do Nascimento, segunda foto acima), sem ter sucesso comercial e caindo no esquecimento. Apenas em 2011 ganhou um nova versão pela Soundway Records, relançado em vinil e CD.
O álbum é dividido em 6 faixas, totalizando pouco mais de 30 minutos de duração, sendo todo instrumental e um bom exemplar do encontro entre o jazz e música africana, mesclagem típica daquela década, flertando entre algo mais experimental ou avant-garde e próximo do Afrobeat em seus melhores momentos. Os instrumentos predominantes aqui são teclados (sintetizadores), bateria e saxofone, contando ainda com passagens mais ocasionais de percussão e guitarra. O destaque vai para as faixas mais longas "The Quest" e "Black Goddess", dignas de nota dentro do movimento musical africano da época.

Original soundtrack to Ola Balogun’s legendary movie ‘Black Goddess’ from 1978. The film was written and directed by Balogun (recognized as one of Nigeria’s most renowned directors) but shot and cast in Brazil.
The soundtrack, deepest venture into experimental afro-jazz, was composed and produced by one of Nigeria’s most successful and original musicians Remi Kabaka (who has played with Steve Winwood, Paul Simon, Paul McCartney and Ginger Baker amongst others).
The record was originally issued in both Nigeria and Brazil, but recorded in Lagos, using four of the Nigerian music scene’s most innovative players. The resulting soundtrack created by these prestigious musicians is a truly unique and experimental afro-jazz recording that has been out of print for many years, until now.

Afrocult Foundation - Black Goddess - 1978 (MP3 128 kbps):
https://disk.yandex.com/d/hL6ixILKKxJRgw

Remi Kabaka

Músicos:
Remi Kabaka Adenihun (bateria, teclados)
Biddy Wright (teclados, baixo, percussão)
Joni Haastrup (guitarra, teclados)
Dele Okonkwo (saxofone, percussão)

Faixas:
01 Brothers and Sisters 05:53
02 The Quest 07:59
03 Slave March 04:58
04 Black Goddess 10:53
05 The Quest (Piano Solo) 06:48
06 The Warrior 01:59

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

AFRO FUNK - 4 MARS - Super Somali Sounds From the Gulf of Tadjoura (Djibouti Archives Vol. 1) - 2021 (1977-94)

 

Artista / Banda: 4 Mars
Álbum: Super Somali Sounds From the Gulf of Tadjoura (Djibouti Archives Vol. 1)
Ano: 2021 (1977-1994)
Gênero: Afro Soul / Funk / Reggae / Jazz / Somali Music
País: Djibuti

Comentário: Poucas descobertas musicais ainda me trazem grande vontade de voltar a escrever e com certeza vasculhar o excelente catálogo da Ostinato Records foi uma delas: o selo norte americano atua como grande promotor da música africana, de ontem e de hoje, através de belas edições de grupos totalmente desconhecidos do grande público mundo afora.
É este o caso da super banda 4 Mars, conjunto que vem do pequeno Djibuti, no 'corno africano' (próximo à Somália) e cuja história confunde-se com a do próprio país: formados na segunda metade do anos 70, levam o nome da data da independência política da França (4 de março de 1977) e foram a banda 'oficial' local durante suas primeiras décadas. Mesmo com relativo sucesso local, não chegaram a lançar nenhum álbum oficial nos anos em atividade.
Suas gravações ao longo dos anos para a Rádio Televisão do Djibuti (meio oficial e estatal de comunicação) foram acessados apenas em 2019 e finalmente vieram a luz em 2021 pelo trabalho da gravadora. Tratam-se de arquivos gravados entre 1977 e 1994, provavelmente ano em que encerram as atividades, tendo mais de 40 músicos presentes ao longo das formações (infelizmente não possuo os nomes para creditá-los). 
A compilação Super Somali Sounds From the Gulf of Tadjoura nos brinda com 14 canções, totalizando mais de uma hora, navegando por um oceano musical que confesso não ter tanta familiaridade, mesclando influências perceptíveis como reggae, afrobeat, soul, funk até ritmos tradicionais da região como o dhaanto e qaraami. Esta salada musical resulta em uma experiência sonora ímpar, viajante, regada a longos jams instrumentais que rivalizam teclados que lembram bastante os da música árabe, flautas e sopros orientais (ou até do jazz etíope), até guitarras elétricas e a percussão vibrante, uma marca do continente africano. Os vocais são masculinos e femininos, com todas as letras no idioma somali.
Um prato cheio para todos os apreciadores, como eu, de música étnica dos quatro cantos do mundo, uma experiência encantadora e ultra recomendada! Em respeito aos direitos autorais e trabalho de restauração desta obra, não disponibilizarei link para download, mas pode ser ouvida de forma completa pelo Bandcamp ou Youtube (abaixo).


There will be no download link available to this record in respect of the copyrights and restoring / remastering work of Ostinato Records. You can all hear it full and free on their Bandcamp (as well reading about the band's history and music) or Youtube (below).




Músicos:
Mohamed Abdi Alto (saxofone)
?

Faixas:
01 Natesha (Compassion) 3:20
02 Hobalayeey Nabadu! (Hello Peace!) 9:35
03 Dhulka Hooyo (Motherland) 7:57
04 Tamarta (Power) 4:27
05 Daroor (The Rain Didn't Come) 2:54
06 Bulsha Yahay Haddadau 5:46
07 Baxsanow Ismaacil (Song For Djibouti's President Ismail Omar Guelleh) 3:10
08 Lama Rabeen Karo (It Cannot Be Desired) 5:13
09 Aabo Usha Noohaay (Father Hold The Stick For Us) 4:55
10 Tilman Baa Lagu Socdaa (Follow The Rules) 7:51
11 Inkaar Waalid (The Elders' Curse) 6:46
12 Abaal (Gratitude) 3:51
13 Gabadha Soo Galbiya (Song To Escort Newlyweds) 3:54
14 Maalkii Runta Ahaa Anigaa Ka Rooree (I Turned Away A True Treasure) 8:12

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

AFROBEAT - LE KÉNÉ-STAR DE SIKASSO - Hodi Hu Yenyan - 1977


Artista / Banda: Le Kéné-Star De Sikasso
Álbum: Hodi Hu Yenyan
Ano: 1977
Gênero: Afrobeat / Afro-Jazz / Mande Music
País: Mali

Comentário: Pérola formada na região de Sicasso, no Mali, sob o nome 'Orchestre Régional De Sikasso', lançando um álbum com este nome em 1970 e outro em 1977 (já como Le Kéné-Star), com a criação do selo 'Mali Kunkan', primeiro do país. Houve relançamento em 2014 em CD e LP na Holanda, novamente com edição limitadas.
Esta é mais uma daquelas 'jóias' vindas do oeste africano, um berço de sons e misturas efervescentes na época. Temos aqui um caldeirão que mescla estilos tradicionais, principalmente a Mande Music, com ocidentais, entre eles funk, jazz e rock, refletido no instrumental rico e diverso, destacando-se guitarra, órgão elétrico, intensa seção de metais e percussão endiabrada. As letras são todas em língua local, intercaladas por longos jams e geralmente cantada em coral (além de um engraçado possível 'diálogo' entre um cantor e outro que imita uma voz feminina ao longo dos hipnóticos 21 minutos de 'Lala').
Excelente e sólido registro e recomendado para qualquer interessado por música africana.

It was first led by drummer Baba Barry, before guitar player Madou ‘Guitare’ Sangaré took over when the orchestra changed its name to Kéné Star de Sikasso, and left behind the old 'Orchestre Régional' moniker as the decade rolled on. Under the Kéné Star de Sikasso’s name, the band released one LP in 1977 on the fabled Mali Kunkan collection. 
Opening this record, Hodi Yu Yenyan is the Kéné Star flagship song, with the electric organ and the guitars twirling together. Sung in senufo by François Ballo, it served to introduce the band’s musical aesthetics while extoling the virtues of the senufo culture, a language seldom recorded in Malian popular music of that time. The natural strength and wellness of this region is displayed on the second number, Kenedougou Fanga, sung by the band’s three singers. One of Mali’s most beautiful songs from the decade, Fitiriwale saw them again teaming up for an exercise in mellowness. Madou’s guitar swirls effortlessly around the melody, backed up by some droning electric organ. This song talks about weddings, with the lyrics "nowadays marriage doesn’t mean anything", advising that one has to look for a strong wedding and not for trivial pursuits. Hypnotic and intense, another moral fable takes up the whole of side B.

Le Kéné Star de Sikasso - Hodi Hu Yenyan - 1977 (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/lBex9O6BRFeRmA
Orchestre Régional De Sikasso
Músicos:
François Ballo
Cheick Sabibou Diabaté
Mamadou Diakité
Mamadou Touré
Djely Moussa Kouyaté
Abdoulaye Diabate (vocal)
?

Faixas:
01 Hodi Hu Yenyan 5:34
02 Kenedugu Fanga 7:19
03 Fitiriwale 6:39
04 Lala 21:27

sábado, 5 de maio de 2018

AFROBEAT/ PSYCH - NKENGAS - Destruction - 1973


Artista / Banda: Nkengas
Álbum: Destruction
Ano: 1973
Gênero: Afrobeat / Afro-Rock
País: Nigéria

Comentário: Projeto formada paralelamente por membros da Ikenga Super Stars Of Africa, se mudando para a Inglaterra pouco tempo depois do início das atividades, lançando lá dois raros álbuns pela Orbitone e que recentemente ganharam nova versão em CD e LP.
"Destruction" é composto por 9 ótimas faixas que mesclam muito bem afrobeat, highlife, psicodelia e funk, como de costume na época, porém sem decepcionar ou faltar de originalidade. O som varia em momentos de groove dançante e outros crus e raivosos, contendo uma qualidade instrumental que honra o estilo, tendo excelentes passagens de guitarra, sessão de metais, percussão endiabrada e baixo. As letras são todas em língua local e contam com diversos momentos de coro.
Mais um 'diamante bruto' vindo do continente africano. Altamente recomendado para todos os fãs de afrobeat/afro-rock.

Early work from a group who later grew into the famous Ikenga Super Stars Of Africa – recording in London with a great raw sound – and an unusual mix of modes that's part Afro Funk, part something else entirely! The set's got that unique post-colonial vibe of some of the other great London recordings of the early 70s – such as work by Cymande or Demon Fuzz, both of whom have some dubby similarities to the Nkengas work on this set. There's a nice use of echo that really abstracts the basslines and percussion – although the grooves themselves are still more straightforward than any from Kingston at the time – and definitely echo the Nigerian roots of the group. Tracks have a lot of cool little funky corners and sharp edges that really set them apart – and titles include "London Special", "Ndu Bu Isi", "Anyi Bundi Igbo", "Jungle Beat", "Anyi Buofu", and "Ube Frank Special". 

Nkengas - Destruction - 1973 (MP3 256 kbps):
https://yadi.sk/d/5vKgv_FC3VmZnL

Músicos:
Vincent Okoroego
Pele Otis
Tente Harbor
George Atomba
Linus Opara
Aloy Anyanwu
Osoloko Obiora

Faixas:
01 Anyi Bundi Igbo 3:07
02 Obuna Alu 3:35
03 Anyi Buofu 2:38
04 Jungle Beat 6:15
05 Ube Frank Special 3:18
06 Ndu Bu Isi 2:19
07 Nkenga Special 3:51
08 London Special 7:05
09 Destruction 3:22

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

AFRO JAZZ / ROCK - LE SAHEL - Bamba - 1975


Artista / Banda: Le Sahel
Álbum: Bamba
Ano: 1975
Gênero: Afro Jazz / Rock / Mbalax
País: Senegal

Comentário: Formado em Dakar em 1972 por ex-membros do grupos locais, este conjunto levou o nome do clube onde costumava tocar, o Sahel. Apesar da importância local, lançou apenas um álbum em 75 e após décadas fizeram alguns shows de reunião pelo país.
Este é considerado o primeiro disco de Mbalax já feito, estilo que ganharia popularidade nos anos seguintes com a mistura de ritmos tradicionais do oeste africano (sabar), música latina e caribenha, especialmente salsa, além da norte-americana, como jazz, rock, funk e soul. São 6 longas faixas dominadas por passagens ricas e cadenciadas no instrumental, que refletem essa mesclagem de estilos, havendo uso de guitarra, flauta, órgão, forte sessão de metais e de percussão típica. Os vocais também estão presentes e não ficam devendo, principalmente pelos coros que em momentos viram lamentos; sendo as letras todas em letra local, com exceção do cover de 'Caridad', em espanhol.
Altamente recomendado para todo fã de música africana contemporânea.

Formed in Dakar in 1972 by former members of small local groups, this group took the name of the club where they used to play, the Sahel. Despite the local importance, they released only one album in '75 and after decades did some reunion shows across the country.
This is considered the first Mbalax album ever made, a style that would gain popularity in the following years with the mix of traditional rhythms of West African (Sabar), Latin and Caribbean music, especially salsa, as well as North American jazz, rock, funk and soul. There are 6 long tracks dominated by rich and rhythmic passages in the instrumental, which reflect this mix of styles, using guitar, flute, organ, strong typical percussion and brass session. The vocals are also present and are also great, especially by the choruses that in moments are close to laments; being the lyrics all in local language, with the exception of the cover of 'Caridad', in Spanish. Highly recommended for every fan of contemporary African music.

Le Sahel - Bamba - 1975 (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/w8AcNI4E3Skvbo


Músicos:
Willy Sakho (baixo) 
Alassane N'Doye (congas) 
Diguy Diabate (bateria)
Thierno Koité (flauta, saxofone)
Seydina Insa Wade  (guitarra)
Cheikh Tidiane Tall (guitarra, órgão) 
Emmanuel Batta (trombone)
Jean N'Diaye (trompete)
Idy Diop (vocal)
René Cabral (vocal)
Pape Djiby Ba (vocal, guiro)

Faixas:
01 Bamba
02 Undiya
03 Caridad
04 Papa Ndiaye Deme
05 Hommage a Mbaye Fall
06 Khandiou


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

AFRO FUNK - IFTIN - Gabar ii Noqee - 197?/8?


Artista / Banda: Iftin
Álbum: Gabar ii Noqee
Ano: 197? / 198?
Gênero: Afro Funk
País: Somália

Comentário: Grupo formado em Mogadíscio, capital da Somália, em meados dos anos 70. Apesar de sucesso local nas décadas de 70 e 80, até se desmembrar no período da guerra civil, nunca lançaram material oficial, apenas antigas gravações deste período em rádios locais foram recuperadas recentemente e liberadas na internet de forma não-oficial.
Trate-se de um trabalho realmente surpreendente para um país com quase nenhuma tradição em música moderna, composto de nove canções, incluindo algumas longas jams, mesclando funk, ritmos tradicionais do leste africano, groove e um leve toque de psicodelia, seguindo a melhor definição de 'Voodoo Funk'. Envolventes e 'sujas' passagens de teclados, guitarras, metais, percussão endiabrada e letras em língua local marcam o som, apesar da qualidade de produção não ser das melhores (como já é esperado). Para todos os amantes de afro-funk, um registro mais que recomendado!

Group formed in Mogadishu, capital of Somalia in the mid-70s. Despite local success in the 70s and 80s, until disbanding in the period of civil war, never released official material, only old recordings of this period in local radios were recovered recently and had unofficially versions available on the Internet.
This is a really amazing work for a country with almost no tradition in modern music, composed of nine songs, including some long jams, mixing funk, traditional east African rhythms, groove and a touch of psychedelia, following the best definition of 'Voodoo Funk'. Great passages of keyboards, guitars, brass, percussion and lyrics in local language mark the sound, although the quality of production is not the best (as expected).

Iftin - Gabar ii Noqee (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/Py1E6Dn33S3HfB




Músicos:
Shimaali
Axmed Rabsha Cawadi
Abdullahi Sulfai
Bashir Ali Husseini
?

Faixas:
01 Gabar ii Noqee 5:54
02 Codkeennii Kala Halow 3:55
03 Haka Yeelin Nacabkeenna 5:53
04 Lamahuraan 5:18
05 Weynoow 8:57
06 Jacayl Iima Roona 8:49
07 Hir Aanii Dhowyen ma Halabsado 4:41
08 Caashaqa Maxay Baray? 6:35
09 Baddaa Doon Baa Maraysoo 7:23



quarta-feira, 4 de outubro de 2017

AFRO ROCK - BLACK SAVAGE - Grassland / Kothbiro - 1976


Artista / Banda: Black Savage
Álbum: Grassland / Kothbiro

Ano: 1976
Gênero: Afro Rock / Funk
 País: Quênia

Comentário: Pérola ativa em meados dos anos 70, oriunda do oeste do Quênia, região do povo Luo. O jovem quinteto lançou 3 raríssimos singles, que apesar da pouca prensagem ganharam certa influência na região. "Grassland" é uma jam majoritariamente instrumental que mescla afro funk e rock, com domínio do teclado viajante, acompanhado de percussão. "Kothbiro"é uma versão moderna de uma canção tradicional, mais cadenciada e ao estilo balada, porém com bons coros e parceria entre guitarra e teclado. As letras são toda em dholuo, dialeto local.

Black Savage was a short-lived mid-1970s group of young college-age Kenyans, namely Barrack Achieng (bass), Job Seda (a.k.a. Ayub Ogada) (percussion), Noel Drury Sanyanafwa (drums), Jack Odongo (keyboards) and Gordon Ominde (Golden Simone) (guitar). Most of them were from the Luo tribe, which may explain why the song is in the DhoLuo language. Its title means, ‘(The) Rain Is Coming’. ‘Koth Biro’ is actually a traditional DhoLuo song, possibly a lullaby. Job Seda has more recently released a more traditional version of the song, to the accompaniment of the traditional Luo lyre. The 'Grassland' single resonated within the young, urban, hipster Nairobi crowd when it dropped in 1976.
Text: Afro7

Black Savage - Single - 1976 (MP3 128 kbps):
https://yadi.sk/d/22SovOuX3NWbRu


Músicos:
Barrack Achieng (baixo)
Job Seda (Ayub Ogada) (percussão)
Noel Drury Sanyanafwa (bateria)
Jack Odongo (teclados) 
Gordon Ominde (Golden Simone) (guitarra)

Faixas:
01 Grassland 4:52
02 Kothbiro 4:04

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

AFRO FUNK - ROCK TOWN EXPRESS - Same - 1977


Artista / Banda: Rock Town Express
Álbum: Rock Town Express
Ano: 1977
Gênero: Afro Funk / Rock
País: Nigéria

Comentário: Trio formado em Lagos por músicos de origens camaronesas, mas que já tocavam em bandas locais como Wrinkar Experience e The Faces. Lançaram 4 LPs até 1980, sendo este o segundo, relançado ano passado pela austríaca PMG.
O som é típico do oeste africano na época, mesclando um poderoso e envolvente groove na percussão e psicodelia da guitarra fuzz barulhentas, somada a passagens viajantes de teclados. As letras são todas em inglês e trazem temas sociais / políticos em algumas canções, como "Peaceful Solution", "Spaceville Rape" e "Nobody's Man", que são também o destaque da obra.

The Rock Town Express here comes across with lots of fuzz in the guitars – that later psych influence that was tripping across the African scene in the late 70s, often mixed with a bit of funk – as in some of the hipper Zamrock grooves of the period! The approach here is maybe a bit lighter than some of those, but still equally trippy at the best moments – especially when the keyboards get kind of weird and spacey – even as the whole thing's held together by strong lead vocals, and some captivating English language lyrics! Titles include the upbeat groover "Nobody's Man", which has a mad trumpet part at the start – plus "Spaceville Rape", "Peaceful Solution", "I Want To See You Tonight", and "Shake It On Baby".


Músicos:
Edjo'o Jacques Racine (vocal, baixo, guitarra, percussão)
Ginger Forcha (vocal, teclados, guitarra, percussão)
Felix Nsango (bateria, percussão)

Faixas:
01 I Want To See You Tonight 05:21
02 Shake It On Baby 04:33
03 Peaceful Solution 04:19
04 I Want To Love 04:33
05 Spaceville Rape 05:31
06 Nobody's Man 05:49


sábado, 13 de maio de 2017

AFROBEAT/ FUNK - VINCENT AHEHEHINNOU - Vol. 1 - 1978


Artista / Banda: Vincent Ahehehinnou
Álbum: Vol. 1
Ano: 1978
Gênero: Afro Funk / Afrobeat
País: Benin

Comentário: Primeiro (e aparentemente único) disco solo deste músico de Benin, após sua saída de um dos mais prestigiados grupos da região: T.P. Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou. Gravado na Nigéria e com prensagem mínima na época, a obra ganha nova edição neste ano, pela Analog Africa. 
Dividido em 4 longas faixas, o LP traz uma mescla de ritmos tradicionais (Fon Music) com funk e psicodelia, ao melhor estilo do afrobeat no Oeste Africano. O instrumental é variado, onde ouvimos guitarra wah-wah, metais e rica percussão, por vezes repetitiva e hipnótica. Cantado em 4 línguas (inglês, francês, fon e mina), a parte lírica geralmente é feita por coros e com certos momentos de melancolia.
Raridade recomendada para todos os fãs de afrobeat dos anos 70.

A pedido do selo Analog Africa, o link de download desta postagem não será enviado por e-mail e a postagem será de divulgação do trabalho. Porém as músicas podem ser ouvidas, adquiridas e o material físico comprado no site oficial da Analog Africa.

In early 1978, Vincent Ahehehinnou left the Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou without explanation. He had been one of their principal vocalist since 1968 and had helped transform them from a hard-charging nightclub band into a musical powerhouse and Africa-wide sensation.
Vincent's afrobeat credentials are in full evidence on opening track ‘Best Woman' (English) whose driving beat, focussed horns and intricate vocal melody recall the raucous intensity of Poly-Rythmo. But the deep funk of the title track turns out to be only a warm-up for album-highlight ‘Maimouna Cherie' (French), a moving expression of love and longing which kicks off with a hi-hat and wah-wah guitar workout but shifts gears mid-way into a more concentrated and contemplative groove.
The funk and afrobeat gems on Best Woman are balanced by songs that draw upon Sato, one of the many Vodoun rhythms of Vincent's native Benin. Side one concludes with "Vi Deka" (Mina), an epic slow-burner propelled by some of the record's most soulful vocals, while album closer "Wa Do Verite Ton Noumi" (Fon) all but dares you not to lose yourself in its sublime hypnotic trance.

By request of the Analog Africa label, the download link for this album will not be sent by email and the post will be to promote the work. However the songs can be heard, acquired and the physical material purchased on the official website of Analog Africa.


Músicos:
Vincent Ahehehinnou (vocal)
Sagbohan Danialou (bateria)
Ignace De Souza (trompete, saxofone)
Aristide Hounwanou
Honoré Avolonto
Léonard Gohoungbé
Sébastien Houédanou
?

Faixas:
01 Best Woman 09:16
02 Vi Deka 09:20
03 Maimouna Cherie 08:38
04 Wa Do Verité Ton Noumi 09:22


quarta-feira, 1 de março de 2017

AFRO JAZZ - PAT MATSHIKIZA & KIPPIE MOKETSI - Tshona! - 1975


Artista / Banda: Pat Matshikiza & Kippie Moketsi
Álbum: Tshona!

Ano: 1975
Gênero: Afro / Soul / Cape Jazz
 País: África do Sul

Comentário: Parceria feita entre duas grandes figuras do jazz sul-africano, além de colaborações de peso, e que resultou em um único trabalho, infelizmente pouco lembrado. O LP é dividido em 4 faixas totalmente instrumentais, totalizando cerca de meia hora, porém apresentando um som de alta qualidade. Beira o soul/ afro jazz, avant-garde e também Cape Jazz (devido a sua localização), com muitas improvisações e duas longas jams, onde destacam-se passagens flutuantes de saxofone e piano, além de trabalho rítmico consistente.
Belíssimo exemplo de quão rico a música e o jazz africano pode ser, recomendado!


A project between two great figures of South African jazz, in addition to others collaborations, which resulted in a single work, unfortunately little remembered. The LP is divided into 4 fully instrumental tracks, totaling about half an hour, yet featuring a high quality sound. Passing through soul / afro jazz, avant-garde and also Cape Jazz (due to its location), with many improvisations and two long jams, highlight to floating passages of saxophone and piano, in addition to consistent rhythmic work.
Beautiful example of how rich African music and jazz can be, recommended!

PAT MATSHIKIZA & KIPPIE MOKETSI - Tshona! - 1975 (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/E1C9OVUT3GKj76

Músicos:
Pat Matshikiza (piano)
Kippie Moketsi (alto saxofone)
Basil ‘Mannenberg’ Coetzee (tenor saxofone)
Sipho Mabuse (bateria)
Alec Khaoli (baixo)
+
Dennis Phillips (alto saxofone)

Faixas:
01 Tshona! 11:39
02 Stop And Start 5:06
03 Umgababa 11:11
04 Kippie's Prayer 3:34


domingo, 29 de janeiro de 2017

AFRO / PSYCH ROCK - WELLS FARGO - Watch Out! - 2016 (1976)


Artista / Banda: Wells Fargo
Álbum: Watch Out!
Ano: 2016 (1976)
Gênero: Afro / Psychedelic Rock
País: Zimbábue

Comentário: Primeiro lançamento oficial desta banda do Zimbábue (na época Rodésia), feito 40 anos após as gravações originais nos anos 70, sendo uma das únicas sobreviventes da cena contracultural da época. Musicalmente é bastante influenciado por bandas de Zam Rock e ocidentais de rock psicodélico, mesclando com ritmos africanos. O instrumental é simples e as faixas curtas, destaque para as boas passagens de guitarra e percussão, além de letras de protesto, contra a segregação e guerra civil, sendo todas em inglês (com exceção de"Bwanawe").
Um excelente registro para amantes de rock africano, recomendado!


Wells Fargo were part of a counterculture that has been almost totally forgotten, even in its country of origin. In the 1970s, during the last decade of Zimbabwe’s War of Independence, rock music exploded with a message of unity and hope. Wells Fargo was at the forefront of the “Heavy Music” movement serving as fuel for the fight.
A culmination of afrobeat, heavy jams and psychedelic sounds, Zimbabwean rock uncovers the underground sound that has come to make up the distinctively African genre. As a part of the counterculture movement that took root in the country during the late 1970s, Wells Fargo rose to fame as Zimbabwe entered the last decade of its war for independence. In the face of a systemically racist and oppressive Rhodesian government, rock became an outlet for expression.
Text: Vinyl Me, Please

Wells Fargo - Watch Out! (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/PJ_pAgFn3Bvpy9


Músicos:
Ebba Chitambo (bateria, vocal)
George Phiri (guitarra)
Handsome Mabhiza (guitarra rítmica)
Never Mpofu (baixo)

Faixas:
01 Coming Home
02 Watch Out
03 Love of My Life
04 The Crowd
05 Bump Bump Babe
06 Love is the in Thing
07 Open the Door
08 Shades of Wells Fargo
09 Bwanawe
10 Too Long Away
11 Carrying On


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

AFRO FUNK - ASIKO - Take A Trip With Asiko - 1977


Artista / Banda: Asiko
Álbum: Take A Trip With Asiko
Ano: 1977
Gênero: Afro Funk / Funk Rock
País: Nigéria

Comentário: Pérola vinda da Nigéria, o grupo surgiu com o nome Asiko Rock Group e posteriormente mudou para Asiko, lançando um disco em cada fase. Posto aqui o último, lançado na Alemanha e composto por 9 curtas faixas de afro funk competente e típico da época. Destaca-se uma mescla equilibrada entre vocais e coros (em inglês e língua local) e instrumental marcado pelo forte trabalho na percussão, guitarra wah-wah e metais. Ótimo exemplo de afro funk setentista, recomendado para fãs do estilo.

CD reissue from the much in demand album 'Take a trip with Asiko', by this obscure nigerian group Asiko, originally out on Gorilla Records. Most of the tracks are quite percussive, with funky wah wah’s and a strong horn section, and in general, the sound is very much influenced by american funk (check for example ‘Love and peace’, instrumentally, almost an African version to James Brown’s ‘Hot Pants’). Huge tip!

Text: Rush Hour

Asiko - Take a Trip With Asiko - 1977 (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/dTdqgMh333jSvf

Músicos:
Njoubi Basile (baixo)
Z. Joseph Bolandi (vocal, teclado)
Ntaillou Idrissou (guitarra)
Ndovmbe Jylvand (trompete)
Essombe Antoine Madie (vocal, percussão)
Paul Monnu (bateria)
Evgene Ndema (guitarra)

Faixas:
01 Asiko
02 Love & Peace
03 Hot Black
04 Mind
05 Mother's Love
06 Okeron
07 T.K-Love
08 Relax
09 Afro-We


domingo, 21 de agosto de 2016

AFRO JAZZ - MALOMBO - Music Of The Spirit - 1971


Artista / Banda: Malombo
Álbum: Music Of The Spirit

Ano: 1971
Gênero: Afro Jazz / Free Jazz
 País: África do Sul

Comentário: Formado nos anos 60 em Mamelodi, esta é uma das mais antigas bandas vindas da África do Sul, lançando vários álbuns durante as seguintes décadas. Mesmo assim, pouco se sabe sobre este registro, que aparentemente não conta com o líder Philip Tabane e teve apenas 100 cópias! 
Trazendo 8 faixas instrumentais, é dominado por improvisações e sonoridade única (classificado por alguns como free-jazz, além de ritmos tradicionais), com passagens hipnóticas de bateria, percussão e flauta dominando. Ouçam e tirem suas conclusões, especialmente fãs de música africana!

Formed in the 60s in Mamelodi, this is one of the oldest bands coming from South Africa, releasing several albums over the following decades. Still, little is known about this record, recorded without the leader Philip Tabane and only 100 copies!
Bringing 8 instrumental tracks, it is dominated by improvisations and unique sound (classified by some as free jazz, and traditional rhythms), with hypnotic passages of drums, percussion and flute dominating. Listen and draw your conclusions, especially African music fans!

Músicos:

Julian Bahula (bateria, percussão)
Abbey Cindi (flauta, saxofone)
Lucky Ranku (guitarra)
?

Faixas:
01 Heaven's Doorsteps 1:21
02 Birds meet Elephant 5:37
03 Gae Memelodi 11:01
04 Excerpt from Ourang Outang 0:58
05 Malombo Workshop 6:50
06 Inyoni 2:34
07 Dikomeng 4:42
08 Ungaokhala 2:54


sábado, 30 de julho de 2016

AFRO PSYCH ROCK - AZNA DE L'ADER - Zabaya - 2016 (197?)


Artista / Banda: Azna de L'Ader
Álbum: Zabaya 
Ano: 2016 (197?)
Gênero: Afro / Psych Rock
País: Níger

Comentário: A primeira e mais importantes banda de rock vinda de Níger, formado em 1970 na cidade de Tahoua, o grupo Azna de L'Ader vê seu primeiro álbum oficial ser lançado após 40 anos de atividade. Altamente influenciado pelo rock e psicodelia ocidental, conta com menos traços da música local que outras bandas da região e é marcado por um trabalho feroz na guitarra fuzz e bateria / percussão hipnotizante em todas as faixas, com longas passagens instrumentais e vocais em língua local. 
Com certeza uma audição obrigatória para fãs de afro-rock.  

A real freakout of a record – played by a band who must have been one of the headiest acts in Niger during the 70s! That nation's not nearly as well-known for psychedelic acts as some of the other African scenes of the time – but Azna De L'Adner can easily stand with the best of them – and maybe have even more intense electric guitar workouts than the rest – with lots of long, hypnotic solos that are completely sublime! In fact, the vocals sometimes seem like a second feature to the record – peppered in with staccato force alongside the instrumental riffs, which get plenty of support from a beautifully brooding bassist!
Text: Dusty Groove

Azna De L'Ader - Zabaya (MP3 192 kbps):
https://yadi.sk/d/wVkQD8Httpzua

Músicos:
Mona (guitarra)
?

Faixas:
01 Zabaya 9:13
02 Samedi Soir 3:38
03 Gandari 2:21
04 Arne 4:57
05 Zalouma 8:14
06 Angola 5:21
07 Habil Imanin 3:49
08 Ya Manina 4:19